O efeito cicatrizante do mel

O mel produzido pelas abelhas é conhecido, tanto por suas propriedades nutricionais como também medicinais, há pelo menos 3 mil anos. Há em torno de 350 a.C., Aristóteles escreveu que “o mel é uma boa pomada para olhos doloridos e ferimentos”, e Dioscórides (40-90 d.C), um farmacologista da Grécia antiga, relatou uma propriedade interessante do mel: “o mel é bom para feridas profundas e em decomposição”.

mel: “o mel é bom para feridas profundas e em decomposição”. Com o advento da medicina moderna, baseada no tratamento com medicamentos químicos, tudo que é antigo, passou a ser considerado ruim. De alguns anos para cá, felizmente começou um movimento de valorização das propriedades medicinais validadas, de substâncias que vêm da natureza.

Pesquisadores da Universidade de Waikato, na Nova Zelândia, formaram a Unidade de Pesquisa sobre o mel, em 1991, focando nas propriedades curativas do mel. Vou citar então alguns mecanismos pelos quais o mel é considerado um ótimo cicatrizante de feridas:

1- Capacidade antisséptica:

A capacidade antisséptica do mel está relacionada com sua viscosidade, a qual fornece uma barreira protetora contra novas infecções quando usado sobre feridas; também com seu poder de absorção de fluidos, quando usado sobre os tecidos em cicatrização, mantendo-os longe das bactérias, sujeiras e resíduos.

2- Ação das moléculas de açúcar:

As moléculas de açúcar do mel interagem fortemente com as moléculas de água, deixando poucas moléculas de H2O livres para serem utilizadas pelas bactérias, o que proporciona maior morte das mesmas.

3- Presença de peróxido de hidrogênio no mel:

A concentração de peróxido de hidrogênio no mel é mil vezes menor que a presente no peróxido de hidrogênio a 3% vendido nas farmácias. Mesmo assim, é forte o suficiente para sua ação bactericida nas feridas, mesmo diluído. Para se utilizar o mel nas feridas é importante fazer sua diluição em água. Estudos clínicos mostraram que o mel pode ser diluído em até 10 vezes, e ainda assim matar as principais espécies de bactérias responsáveis pelas infecções em ferimentos.

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